Estamos em Dezembro...
Mais um ano prestes a terminar. Nesta época tenho uma estranha e insistente
mania de fazer um balanço do ano e dos 24 anos de vida que já passaram, pelo
menos dos que me lembro. Pratica quase sadomasoquista que me drena toda a
energia e vontade de mover-me. Sou bastante apologista que ao humano deveria
ser dada a opção de hibernar pois nestas épocas fico bastante mal humorada e antissocial.
Não que não goste do Outono e do Inverno, pelo contrário adoro a chuva, o frio,
o cheiro a terra molhada, a busca incessante por cada raio de sol que nos aquece
a alma, o andar sem rumo à chuva a pisar as folhas e o espetáculo de cores
quentes que contrastam com o tempo frio. Contudo este meu à-vontade com o meio
ambiente não se reflete de todo com os meus semelhantes, pois é nestes tempos
que penso no que fiz e no que poderia ter feito. E entro nesta guerra com o Relógio
exigindo que o mesmo pare enquanto faço este exercício de reflecção e o mesmo teima
em girar e com ele tudo a tua volta, assim como a vida parece demasiado pequena
para todos os sonhos e ambições e mesmo assim tendo a desperdiçar tempo e
energia como se estes fossem infinitos a pensar o que fiz de errado e o porque
de não consigo seguir em frente pois ano após anos cometo os mesmos erros… Há
uns anos atras numa das minhas visitas a Lisboa no Castelo de S. Jorge dei por
mim parada a complementar a cidade quando a conversa de dois idosos me chamou
atenção pois um deles de religião diferente da minha dizia que cada ser humano
nasce com o seu destino traçado que Deus sabe o caminho que cada um vai caminhar
e se essa pessoa será feliz ou infeliz, o que me deixou perturbada pois o Deus
que me deram a conhecer não deseja que nenhum de nos seja infeliz quanto mais destinar-nos
esse triste fado de virmos a este mundo para sermos infelizes. Este ano voltei
ao castelo de S. Jorge mal cheguei a primeira memoria que tive foi essa
conversa, que agora mais madura e com mais idade a pesar-me na alma e a
refletir-se na minha aparência fez-me compreender as palavras daquele homem. A
verdade é que me apercebi que Deus não é de todo o culpado pela nossa infelicidade,
pois ele dá-nos a opção de escolher o caminho o tal livre arbítrio que insisto
em não utilizar, pois nada nos impede de fugir ou lutar contra aquilo que nos
torna miseráveis e que nos vai diminuindo e quebrando até acreditar-mos que não
vale a pena lutares contra aquilo que nos tornar-mos ou porque sabes que ao
faze-lo vais magoar as pessoas a tua volta. A verdade é que prefiro caminhar
pelas pessoas que amo pois o facto de as magoar ou desiludir iria trazer-me uma
dor e culpa insuportável logo vou limitando-me a viver pelos outros, ou
simplesmente porque a minha consciência não me permite ser indiferente as
dificuldades alheias.
E por isso uns
estão destinados a ser felizes e outros infelizes, pois Deus em toda a sua
infinita sabedoria sabe perfeitamente quais vão ser as opções que vamos tomar e
o preço a pagar por elas. Por isso vou pedindo por força para mudar e para
lutar contra esta teimosia Taurina de manter os pês no chão e temer o
desconhecido, e finalmente ousar lutar pelos sonhos encostados num cantinho na
mente e que ecoam no pensamento e talvez assim ser algo mais próximo do que desejei.
Que testamento!! O mês de Dezembro anda te a atrofiar a mente...tas a ficar muito melodramática. E dizeres que "a vida parece demasiado pequena para todos os sonhos e ambições e mesmo assim tendo a desperdiçar tempo e energia como se estes fossem infinitos a pensar o que fiz de errado e o porque de não consigo seguir em frente pois ano após anos cometo os mesmos erros…" só estás a massacrar-te mais com pensamentos derrotistas!! E que tal tentares uma coisa nova para 2013, para de pensar em asneiras destas e vive a vida sem pensares no que poderia ser feito ou no que fazias diferente..Carpe Diem não?? lol não és tu que gostas desse significado? :p
ResponderEliminarNos temos que aproveitar os momentos ao máximo, quer façams asneiras quer façams coisas acertadas... pois com os erros aprendemos (e não digas que não) e com as coisas acertadas ficam as memórias boas e nostalgicas :)
Em relação ao destino... isso é um tema muito subjectivo, há quem acredite que está traçado, há quem acredite que nós o construimos conforme a nossa vida... E todas as versões podem ser verdadeiras ou falsas. Depende do que tu escolheres para ti :)
Embora eu ache muita piada ao mito das moiras lolol :p